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Hoje vamos falar um pouco sobre o drink que é orgulho dos brasileiros, a famosa caipirinha.
De acordo com o decreto nº6.871, capítulo VII, seção VI, artigo 68, § 5º caipirinha é a bebida elaborada com cachaça, limão e açúcar, com graduação alcoólica de no mínimo 15% e de no máximo 36%.
Ela é tão famosa que em outubro do ano passado foi reconhecida como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, pela Lei 8576 sancionada pelo governador Wilson Witzel. Além de ser o único drink brasileiro a fazer parte da lista do International Bartenders Association.
Apesar de ser famosa e conhecida mundialmente, a caipirinha ainda luta para conquistar o seu devido espaço e respeito no coração dos brasileiros. Uma vez que a Cachaça está associada a uma bebida ruim e sem qualidade, consumida apenas por pessoas com problemas alcoólicos.
Por isso estamos aqui hoje, para desmitificar de uma vez por todas quaisquer crenças ruins que você tenha sobre a caipirinha, o drink que deve ser motivo de orgulho nacional.
Como surgiu a caipirinha?
A verdade é que não se sabe ao certo a origem da caipirinha, mas existem duas versões convincentes a respeito.
A primeira versão diz que o drink foi criado no ano de 1918, no interior de São Paulo, como opção de remédio para tratar a gripe espanhola. Mas na época o “remédio” era feito com Cachaça, limão, mel e alho. Inclusive, dizem que a origem do nome caipirinha está relacionada ao seu surgimento no interior de São Paulo, terra dos caipiras.
Em contrapartida, a segunda versão diz que o drink surgiu na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, mas com o mesmo objetivo: tratar os sintomas da epidemia de cólera que acontecia na região. O fato é que existe um documento escrito em 1856, com carta do engenheiro civil João Pinto Gomes relatando toda essa experiência da época e com a receita da Caipirinha.
O coquetel também teve a oportunidade de ganhar notoriedade em 1922, durante a Semana de Arte Moderna, evento que tinha como objetivo alinhar as artes brasileiras as europeias. Como forma de protesto contra a europeização que acontecia no Brasil na época, Oswaldo de Andrade e Tarsila de Amaral promoveram a caipirinha que foi servida durante o evento.
Por que defender a caipirinha?
Apesar de possuir raízes brasileira, ser defendida por lei, ser patrimônio imaterial e fazer parte da carta de drinks de vários bares e restaurante a caipirinha ainda não conquistou o espaço que merece.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Cachaça Leblon Brasil a cada 10 caipirinhas vendidas, 7 são feitas com outro destilado, inclusive, recebem nomes semelhantes ao do nosso drink, como a caipivodka ou caipisaquê.
Após essa pesquisa a marca lançou a campanha #SalveACapirinha. Que tem como objetivo defender nosso drink e fazer com que ele seja comercializado sem variações, apenas com Cachaça, como consta na lei.
Marcas como Gouveia Brasil e Yaguara também possuem campanhas que visam valorizar o nosso destilado e o drink.
Em 2017 aconteceu o 1º Festival de Caipirinhas da Bahia, o festival teve como intuito promover a cultura cachaceira da região e a variedade de caipirinhas. Além disso, o sucesso do coquetel ajuda a exportação de seus ingredientes, principalmente da Cachaça Artesanal.
Receita oficial da Caipirinha: o drink do orgulho nacional
Ingredientes:
– 50ml de Cachaça Artesanal
– ½ limão tahiti cortado em fatias ou cubos menores
– 2 colheres de chá de açúcar cristal
– Copo baixo (o copo baixo é o mais indicado para fazer a Caipirinha, pois assim o drink fica fresco e a pessoa consome mais rápido).
Modo de preparo:
– Macere o limão e o açúcar no copo baixo
– Coloque cubos de gelo
– Adicione a Cachaça Artesanal
– Mexa bem e pronto!
Vale lembrar que, apesar da receita original ser feita com Cachaça Prata, nada te impede de fazer a sua Caipirinha com Cachaça envelhecida.
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